sábado, 20 de setembro de 2008

Felicidade

Opa, desculpa ae a demora gente.
Descobri que o blog tem duas fãnzocas super fofas, pessoas que moram no meu coração e significam muito para mim, então, com o incentivo super especial, vamos lá =)

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Tava refletindo sobre a questão da felicidade, ainda engatilhando como filósofo, nunca a definição de sabedoria/ignorância socrática fez mais sentido do que para mim agora: Só sei que nada sei. Quanto mais aprendo, mais descubro que não sei de nada e vou continuar não sabendo, por mais que continue aprendendo =P.

Enfim, muita gente boa, gerações antes de mim, chegaram a (óbvia...Duhhh) conclusão de que a felicidade não é uma grande meta a ser alcançada na vida (ter um filho,plantar uma árvore, escrever um livro, ou na versão suíça, juntar dinheiro, investir em minas de diamante na África, comprar uma Villa e uma ferrari e esperar a morte). A felicidade seria uma serie de pequenas conquistas, de pequenas sensações, partes de, aí sim, um todo. Pequenas plantinhas de um jardinzinho, que precisam ser cultivadas, cuidadas, eventualmente novas plantadas. Pessoalmente seria dar uma gargalhada com um amigo verdadeiro, ver os olhos da mulher que você ama brilharem por você, ficar horas esquecidas vendo o por do Sol no quebra mar da Barra, ouvir, mesmo ao longe, gritinhos e risos de crianças brincando em algum playground.

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"Tá e daí? Tudo isso é o mais do mesmo" provavelmente você vai me dizer.
Sim, mas o bacana é que me liguei que a concepção (real) de felicidade pode transcender outra coisa que passei boa parte da minha existência pensando. Um pensamento completou o outro, foi muito interessante, vou tentar resumir:

Sempre pensei que nossa existência é muito curta, tão curta que nos torna insignificantes, esmagados por milhões de pessoas que nasceram e morreram antes de nós, e outros milhões que nasceram e morrerão depois de nós, sendo nós somente um insignificante pedaço de uma longa corrente. Podemos viver no máximo, estourando, 110 anos, num universo de milhões de anos. Nascemos atrazados, estamos todos nús e nada que façamos poderá mudar isso. Somos uma gota no oceano. Cheguei a conclusão de a única forma de não ser esquecidos em duas ou três gerações (você sabe alguma coisa sobre o seu tio-avô?) seria deixar algum legado, fazer algo tão especial que marcaria nossos nomes na história, tal qual alguns seres excepcionais (não necessariamente bons) que são lembrados/admirados/odiados eras depois de sua morte.

Beleza, viajei na maionese, e o que isso tem haver com a felicidade (se você leu esse texto chatérrimo até aqui vai ganhar um doce) . Agora finalmente chego onde quero. Tava olhando uma foto, de um momento bonito e inesquecível do passado. Era um dia de sábado, um sol lindo, em São Paulo, com uma pessoa marcante. Sabe aquele sol de fim de semana pela manhã, cujo os raios iluminam as folhas das árvores e gramas de uma forma meio especial? Aquela luz bonita... Tava aqui pensando, nessas poucas e inesquecíveis horas vivi uma plenitude. Não precisava acontecer mais nada, era completo. Nem ferrari, nem villa, nem diamantes africanos. Só aquele parque, aquela garota incrível, o Sol.

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Em momentos assim, de plenitude, de verdadeira felicidade ficam marcados em algum lugar do universo, quando vi a tal foto, eu meio que pude me transportar a alguns anos atrás. Voltei por alguns instantes a ser aquele Felipe já morto a alguns anos e ver novamente aquele pequeno feixe de luz que, sapeca, conseguiu passar por entre as folhas das árvores e refletir nos cabelos dela, naquele fim de semana esquecido no Trianon...Posso não ter deixado um legado como Sócrates, Platão, Filipe II da Macedónia ou sei la...Mais ai que tá. Isso realmente importa?
Eu vivi aquele momento, ele é meu e está registrado em algum lugar do tempo, aconteceu e nada poderá mudar aquilo, nada pode me tirar isso, e nem Alexandre o Grande pôde viver aquele momento, só eu.

Logo, partindo da concepção de que o mundo pode ser algo pessoal, ser aquilo que VOCÊ sente e vê, e interpreta (já parou para pensar se alguém que come, sei la, frango com você, sente o mesmíssimo sabor que você? Exemplo bobo e simples, obviamente as sensações e sensibilidade para interpretar o mundo, viver varia de pessoa para pessoa) no MEU mundo um bom momento de verdadeira felicidade, de plenitude, algo tão igualmente grandioso quanto, mas intimo e pessoal, pode ser mais importante que deixar um legado e ser lembrado.

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Isso tudo estive pensando hoje, meu aniversário, enquanto me lembrava do meu país e as coisas que deixei para trás, provavelmente amanhã vou reler isso e ficar com vergonha de ter publicado tanta asneira...

2 comentários:

Fadinha -Dri disse...

nADA DO QUE ESCREVE É ASNEIRA ,PORQUE VC É GRANDE,PENSA GRANDE MUITO MAIS QUE O ALEXANDRE O GRANDE PARABÉNS CONTINUE ASSIM!

Mel disse...

1. Quero o doce, porque li até o final.

2. Parabéns. Sabia que algum dia vc desencanaria dos seus delírios de grandeza e descobriria o que realmente importa...